Il faut bien que ces gens-là s’amusent comme les autres.
Não, decididamente não é a luta de classes, nem tão pouco a de castas. Apercebe-se, pelo desespero, que o litígio é só pela manutenção controlada das atenções, desviando-as do caso da roubalheira.
Decadente, a ver o tempo a esgotar-se, pressentindo o que já todos sabem mas ninguém diz alto e se prende com amores, obediências perdidas e a possibilidade de revelações surpreendentes, o jogo de Manuela, já falho de todo o baralho, centra-se agora na insídia que, à falta de argumentação sólida, se refugia nas muralhas da imunidade para fomentar mais suspeições e a desacreditação do regime e de todos os seus poderes. Manuela e o escudeiro Pereira, que lhe sussurra os venenos a usar, há muito que deixou as paredes transparentes de la Ferté de Saint-Aubin para se fortificar no château de Chémery acreditando assim proteger-se do fogo que anda a atear. A degeneração começa a ser evidente. A frustração de se saber sem força para impor a sua vontade e submeter os seus subordinados é pungente. À medida que o tempo se lhe extingue, esvai-se-lhe o pensamento no ódio.
Em la Colinière, la Sologne, todos anseiam o fim desta farsa, desta rábula sem nexo, agora que os actores já não conseguem entender se o jogo ainda tem alguma regra, ou se deverá ser completado com a batota trazida na manga.
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